Metaqualona é um dos principais compostos do remédio Mandrax, muito conhecido entre os 1960 e 1970. O sedativo altamente viciante, prescrito para insônia e ansiedade, ganhou uso recreativo e passou a ser consumido com frequência junto com bebidas alcoólicas, o que levou a proibição da droga. “Assisti a um documentário sobre música brasileira onde essa substância foi citada como uma das drogas usadas nos anos 60 e 70, o que me levou a escrever sobre saúde mental e as formas de buscar alívio em medicamentos”, conta Alexandre. “Se prestar atenção ao seu redor, possivelmente irá encontrar alguém que está passando por uma situação delicada. Infelizmente isso é realidade para muitos, mas ao mesmo tempo tem quem não faça ideia do que é viver assim. Acredito que essa música possa ilustrar, mesmo que de forma superficial, várias destas histórias e o que é estar nesta situação”. De acordo com o músico, a harmonia da canção, que varia momentos sutis e dissonantes, colabora com o tema, revelando uma atmosfera fechada e agoniante. |