Fantazmaz grita sobre o inevitável caos global no álbum de estreia |
Banda meio brasileira, meio inglesa, faz parte do cast da Repetente Records |
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O caos bate à porta do mundo e, pelos diversos indicativos que bombardeiam diariamente nos noticiários e em rodas de conversa, é tudo irreversível. A raiva e frustração coletiva de um mundo sem futuro é o combustível da Fantazmaz com seu punk rock ácido, feroz e rápido no álbum de estreia homônimo, já no streaming e em versão vinil. A banda é metade brasileira e metade inglesa, com base em Londres. Ouça o disco aqui: https://ditto.fm/fantazmaz- Nas plataformas digitais, o álbum chega via Repetente Records, selo de dois músicos do CPM 22, Badauí e Phil Fargnoli junto ao diretor artístico Rick Lion. “A chance de sairmos desse caos global é mínima e, pra ser sincera, a gente nem se importa mais em explicar o porquê. Tá tudo aí, escancarado. Esse é o sentimento. Escuta o álbum", comenta a vocalista Thamila Zenthöfer. Fantazmaz, o disco, foi gravado em dois dias no Monolith Studio, na Zona Norte de Londres, conhecido por gravar bandas de metal e HC. "Foi direto e honesto", lembra Thamila. "As músicas já estavam prontas há um tempo, e pensamos: por que não lançar logo um disco inteiro? Então entramos e gravamos tudo cru, real. É o nosso primeiro álbum cheio, e estamos doidos pra ver ele na rua", ela completa. FAIXA A FAIXA, comentada pela Fantazmaz1 - ARE YOU ENJOYING THE PEACEFUL SKIES? Queríamos fazer uma bossa nova torta, meio cafajeste, inspirada em ‘Construção’ do Chico, pra abrir o disco. Imagina um fim de semana de praia, gente levando a vida… até que tudo vira. Guerra, caos. E a Thamila pergunta: Are you enjoying the peaceful skies? É assim que o álbum começa. 2 - DEAD ON THE WAY HOME Veio de uma notícia do Brasil de um tempo atrás: um grupo de jovens de periferia foi baleado pela polícia, voltando pra casa de um rolê. Por engano. A raiva virou faixa de 30 segundos repetindo: “Got shot dead on their way back home.” 3 - YOU OWE ME A FORTUNE Escrita em 2015, quando Thami e Raf tinham o duo 2 Heartbreakers Down. A versão atual, o instrumental tem pegada de hardcore americano 80’s. A letra critica o luxo dos políticos às custas da nossa vida fodida. 4 - DISTORTION Escrita logo depois dos lockdowns, tipo um grito engasgado. Vem num compasso de valsa sinistra: 1, 2, 3 – 1, 2, 3. E faz um contraste da realidade toda torta que a gente tá vivendo. 5 - DOES GOD KNOW MISERY? Uma crítica sarcástica de quem prega e não pratica – especialmente os religiosos. A música começou da pergunta: Se Deus vê tudo, será que vê essa merda também? Será que Ele tá ligado no que tá rolando aqui embaixo? 6 - BULLET Essa trocou de nome mil vezes até virar ‘Bullet’. Surgiu de outra pergunta: com toda violência rolando, quantas balas ainda restam por aí? A primeira versão chamava “How Many More Bullets Are Out There?” (Longo demais, né? Rs). A letra cutuca o aumento dos gastos com armamentos e exército. A influência vai do metal ao Fugazi. Acredite se quiser. 7 - POBREZA É VIOLÊNCIA Primeira em português – reclamar em inglês já não dava conta rs No Brasil, pobreza não é só condição. É agressão, é violência. 8 - SCARS OF DOWNTOWN Também tem uma pegada hardcore 80’s. Fala da solidão paradoxal de viver em metrópoles tipo Londres vista pelo lado mais sombrio. 9 - CORPORATE BEHAVE Pra quem segue direitinho o manual do bom capitalista. Influência direta de Jello Biafra e Dead Kennedys. Nasceu de uma frase que virou refrão: “Your corporate behaviour has drained your soul.” 10 - WARHEADS Hardcore sarcástico sobre a fascinação mórbida por ogivas nucleares. O refrão vai direto ao ponto: ogiva serve pra matar. Só isso. 11 - JUST BEFORE HELL COMES AROUND Lado B eletrônico, feito em casa por Raf e Thami. Mistura de hip hop com um som mais sombrio. Tipo o som pra tocar quando o mundo já tá pegando fogo e ninguém mais liga. |
Fantazmaz e Repetente RecordsBadauí comenta sobre o início de trabalhos entre Repetente Records e Fantazmaz. "Chegou no selo na melhor hora, já fazia um tempo que procurávamos uma banda com mulher nos vocais e trouxemos justamente essa com seus riffs originais e de bom gosto, que fazem a base para a voz potente e direta da “Riot Girl” Thamila Von Zenthöfer. Espero muito fazer dessa parceria algo que possa elevar o nível ainda mais do selo e, consequentemente, das bandas que lançamos". Fantazmaz, a bandaFormado em 2019 pela vocalista Thami e pelo guitarrista Raf Oliver, o Fantazmaz encontrou seu cru, som implacável com a adição do baixista Chokito e do ex-baterista do UK Subs, Jamie Oliver. Misturando a energia punk com uma presença de palco destemida, eles rapidamente construíram uma reputação de suas performances sem barreiras. |
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Mais fotos de divulgação | Crédito: Jake Lewis |
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Selo Repetente Records |
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A Repetente Records, criada e administrada por músicos da banda CPM22, Badauí, e Phil Fargnoli, surgiu em 2022 para fortalecer o rock/punk rock em parceria com uma das maiores distribuidoras de música digital do mundo, a inglesa Ditto Music, além de assessoria de imprensa da Tedesco Mídia. No início de 2023, Rick Lion entra no selo como diretor artístico. O nome tem tudo a ver com perseverança e persistência na música. Repetente tem a ver com a rebeldia contra padrões. Na escola, muitas vezes o aluno “repetente” é aquele que não se encaixa nos moldes, mas eventualmente encontra na música uma forma de vencer na vida. Ele repete não por incapacidade, mas por não ligar, não se interessar pelas mesmas coisas ou por estar enfrentando problemas maiores e mais urgentes fora da escola. Em vez de copiar a lousa, ele está sempre criando - fazendo desenhos, escrevendo rimas, bolando planos, fantasias impossíveis, se divertindo com uma realidade menos careta e injusta. Fazem parte do selo as bandas Fibonattis, Faca Preta, Escombro, Chuva Negra, Magüerbes, Bayside Kings, Samwise, End of Pipe, Abraskadabra e Fantazmaz. Acompanhe o selo: www.instagram.com/ |
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