Camaleônica lança versão deluxe de "Eletrotropical" com três versões inéditas e novas camadas sonoras
Novo trabalho mistura samba-rock, malandragem suburbana e espiritualidade afro-brasileira
No dia 7 de novembro, o duo Camaleônica lança o álbum “Eletrotropical (Deluxe)”, já disponível em todas as plataformas digitais. A nova edição expande o universo do disco original, lançado em 2025 com ótimo alcance de público e bom retorno nas apresentações. Agora, a edição traz três versões inéditas produzidas por Alan Da Silva (Leo Middea, Anna Tréa, Flo Delavega). O lançamento aprofunda a pesquisa sonora e espiritual da dupla, trazendo uma sonoridade mais orgânica e visceral, em que a força da percussão e das vozes se mistura à poesia urbana que marca o trabalho do grupo.
Para os integrantes Felipe Dantas e Fernando Reis, o deluxe revela uma nova face da Camaleônica - mais terrena, mais acústica, mas ainda atravessada pelo mesmo espírito inventivo e periférico que deu origem ao projeto. “Essas três faixas trazem outra temperatura, mais de chão, mais pele, mais carne. É um jeito de traduzir o acústico sem cair na caixinha do ‘voz e violão’”, explica Felipe.
A faixa inédita “Camisa Falsa de Time” e as versões “Boa Noite (Acústico)” e “Língua e Revolta (Acústico)” mostram a versatilidade do duo e sua habilidade de transitar entre atmosferas muito distintas. Em “Camisa Falsa de Time”, Camaleônica constrói uma narrativa cinematográfica, guiada por metais e baixo acústico em uma paisagem quase bélica. “Essa música tem a postura de um guerreiro, tem algo de batalha, mas ao mesmo tempo com muita poesia e sensibilidade”, comenta o produtor Alan Da Silva.
Os ritmos da Camaleônica
Faixa de trabalho do lançamento, “Boa Noite (Acústico)” representa o respiro do disco. Com suingue de samba popular e influência da velha guarda, a canção é uma celebração da leveza e da alegria como resistência. “É uma música que reluz, que tem brilho. Uma canção que ajuda a tomar com leveza as dificuldades da vida”, diz Alan. E Fernando completa: “é também uma síntese do nosso trabalho: essa conversa entre os tempos, entre o sagrado e o cotidiano, o urbano e o ancestral.”
Fechando o álbum, “Língua e Revolta (Acústico)” é a faixa mais minimalista e ancestral do trio de inéditas. Construída apenas com vozes e percussão, a música carrega influências dos ritmos e grooves afro-brasileiros. “É uma música que se apresenta nua, como um despir de todas as camadas diversas que as outras faixas carregam, e encerra o disco com os pés fincando no chão, chamando pra força ancestral que a gente busca trazer”, reflete Amanda. A faixa também destaca os coros femininos, que em certos momentos se sobrepõem à voz principal - um gesto simbólico dentro do projeto que, apesar de ser representado por dois homens no palco, carrega uma terceira voz essencial, a da direção artística de Amanda Bortolo.
Lançado originalmente em 2025, “Eletrotropical” é uma fusão de coco, samba, ijexá, funk, rock e trip-hop que conquistou a crítica independente por unir tradição e inovação em uma obra ao mesmo tempo sonora, política e espiritual. O disco ultrapassou 30 mil streams nas plataformas e marcou o ano de estreia do projeto Camaleônica, que registrou um crescimento expressivo nas redes sociais. Com shows esgotados em Barcelona (La Nau e Sala Vol), a nova versão deluxe, com produção adicional de Alan Da Silva, reafirma a Camaleônica como uma das expressões originais da música brasileira contemporânea feita fora do país.
Ouça: https://ffm.to/eletrotropical-
Foto: crédito: Júlia Girós
Ficha técnica:
Eletrotropical (Deluxe)
Composição: Felipe Dantas e Fernando Reis
Direção artística: Amanda Bortolo
Produção musical: Alan Da Silva, Felipe Dantas, Fernando Reis e Gabriel Altério
Gravação e pré-mixagem: Adria Marti e Alan Da Silva
Mixagem e masterização: Mayam Rodilhano
Management e Selo: Fliperama Lab
Produção executiva: Amanda Bortolo
Distribuição: Symphonic
Assessoria: Impuls Comunicació
Sobre Camaleônica
Radicada em Barcelona, Camaleônica é uma dupla brasileira que mistura ritmos afro-brasileiros com estéticas da música urbana global, criando um som contemporâneo e enraizado. Ao vivo, suas apresentações são hipnóticas e dinâmicas, com uso de percussão, guitarras, vozes, samples e beats, sempre alternando instrumentos e camadas vocais em tempo real.
Com direção artística de Amanda Bortolo, o duo estreou com sucesso na cena independente e já realizou shows lotados na Espanha. Sua turnê atual é baseada no disco “Eletrotropical”, que vem sendo promovido com forte presença digital, incluindo clipes, visualizações e entrevistas que contam os bastidores de cada faixa.
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Carolina Tavares da Silva
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